O adolescente e as Drogas
A adolescência e uma fase do desenvolvimento humano em que
ocorrem muitas mudanças, é uma fase conflituosa da vida devido às
transformações físicas e emocionais vividas. Surge a curiosidade, os
questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo
dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as próprias decisões. É o
momento que o adolescente procura sua identidade, não mais se baseando nas
orientações dos pais, mas também nas relações que constrói principalmente com o
grupo de amigos.
Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas,
amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e
muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas há jovens que passam a ter problemas
a partir dessas experiências, e por conta disso a adolescência é um período de
risco para o envolvimento com as drogas.
O papel
da família na formação do adolescente
A família, por sua vez, pode atuar com o um fator de risco ou protetor para o
uso de substância psicoativas. Filhos de dependentes de álcool e drogas
apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes.
Mas o
desenvolvimento da dependência irá depender da interação de:
- Aspectos genéticos
- Características de personalidade
- Fatores ambientais, que
poderão ser protetores ou até mesmo de risco para o uso de drogas
É de fundamental importância o papel da família na formação do
adolescente. É função da família fazer com que a criança aprenda a lidar com
limites e frustrações.
Crianças que crescem em um ambiente com limites e regras claras, geralmente são
mais seguras e sabem o que podem e o que não podem fazer. Quando se deparam com
um limite, sabem lidar com a frustração.
Uma palavra aos pais
Ao
descobrirem que o filho adolescente está usando drogas, alguns pais tendem a se
sentirem culpados, questionando-se onde erraram na educação do filho, o motivo
de tal fato estar acontecendo com eles já que nunca deixaram faltar nada em
casa. Outros pais buscam a internação de seus filhos esperando um método de
cura imediata. Há alguns que recebem a notícia acusando o grupo social a qual o
filho pertence. A tentativa de ajudar o filho e redimir a culpa transforma um
problema, possivelmente passageiro e de solução possível, numa tragédia que
afeta violenta mente a vida da família e do jovem.
Há alguns
casos em que se torna comum às famílias terem em casa uma
"farmacinha" com analgésicos, calmantes, na qual as pessoas vão
tomando, muitas vezes sem prescrição médica, pensando numa solução química para
os seus problemas ou simplesmente para relaxar.
Há ainda
o álcool que costuma ser usado no diminutivo como cervejinha, uisquinho entre
outros, como forma de amenizarem os seus males. Esses elementos não são
encarados como drogas. E para o filho ver o pai se embriagar e a mãe se dopar
com calmantes se torna normal.
Diálogo:
o melhor caminho
Procure
dialogar com seu filho, uma conversa franca pode ter resultados além do
esperado. Lembre-se não humilhe seu filho, sarcasmo e humilhação são armas
poderosas, que podem ferir, de modo profundo, a autoestima dos adolescentes.
Amedrontar também não é o melhor caminho.
Além de
manter a calma, tente abrir espaço para reflexão. Seja franco e honesto mas não
raivoso. Expresse preocupações e mágoa, se for o caso. Transmita seus
sentimentos e convide-o a refletir.
Dê espaço
para que ele se expresse, dê tempo para que ele pense ("você quer pensar
nisso que eu te falei e conversar mais tarde? Depois a gente conversa de
novo sobre isso, pois eu gostaria muito de saber sua opinião").
Sempre
com muito amor, e carinho, transmitir segurança sempre. Deus abençoe a todos.
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